sábado, 16 de fevereiro de 2013

As vantagens de ser invisível.

   Sinceramente, uma história maravilhosa. Muitos podem dizer que essa é outra daquelas comédias românticas bobinhas com um final completamente previsível, mas não é nada disso. Admito que ainda não tive a honra de ler o livro, mas o filme é fantástico.
   Um garoto deslocado, tímido e com certas dificuldades para se socializar, Charlie (Logan Lerman) está para começar seu primeiro ano no Ensino Médio. Obviamente os primeiros dias de aula não foram os melhores de sua vida, mas ao conhecer o jovem veterano Patrick (Ezra Miller) e sua meia-irmã Sam (Emma Watson), ele passa a se conhecer melhor.
   Admito que quando fui assistir ao filme pensei que fosse uma daquelas histórias de amor fofinhas e tudo o mais,mas não era. Sim, Charlie se apaixona pela amiga Sam, mas no momento em que se vê afastado dela os dias ruins de sua infância o torturam cada vez mais, lembrando de sua tia falecida e como se sentira na sua ausência. O garoto passa a se culpar pelo que acontecera e se vê perdido em seus próprios pensamentos.
   Eu recomendo, e não vou me importar se alguém quiser me dar ou emprestar o livro.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Erro.

   Quando a viu, não pôde ao menos respirar. Tão bela, tão perfeita. Tocá-la seria um erro, apreciá-la era o mínimo a se fazer. Graciosa, leve, linda. Era impossível não poder se aproximar. Decidiu-se. Foi se aproximando cada vez mais, cuidadosamente, e quando faltavam milímetros para senti-la, recuou. Seria um erro.
   Foi se afastando para livrar-se daquele desejo incontrolável, não conseguiu. Voltou em poucos segundos, permaneceu apenas observando. Bateu a brisa e ela, tão leve e linda, quase fora levada. Engraçado como algo tão simples pôde fazê-lo sentir-se tão preso. Devia se livrar daquele sentimento, daquele desejo. Parecia fácil, apenas parecia. Era tão bom apenas olhar, imaginar milhares de coisas que poderiam fazer juntos, e pensar em não desejar já parecia um tanto impossível. Em tão pouco tempo, tanta paixão, tanto desejo.
   Tocou-a. Torturou a si mesmo por permitir-se a cometer tal erro. Pois bem, seria um erro certamente? Ter algo tão desejado, é um erro? Nada podia impedi-lo, não havia erro algum. Repetiu o ato. Era tão boa a sensação...
   Foi aí que percebeu o erro, ela se afastou. Não podia tê-la. Como viver sem poder tocá-la novamente? Uma sensação tão boa indo embora, despedindo-se. Era doloroso demais. O erro estava ali, então, desejá-la, tocá-la, sem poder tê-la. 

sábado, 29 de dezembro de 2012

Hibernando.

  É como se cada segundo demorasse talvez um ano, e como se os tão empolgantes e também cansativos dias de estudo ou trabalho passassem até rápido demais. Aqui estamos nas tão esperadas "férias". Temos que admitir, é bom ter alguns dias de folga, mas o que tem de tão emocionante no simples fato de que acabamos ficando o dia todo em casa não fazendo absolutamente nada?
   Os sortudos viajam, ou dependendo da situação financeira nem a viagem salva o tédio que as férias carregam nas costas. Aliás, convenhamos que descer para o litoral paulista é o mesmo que ir para a praia e então hibernar no apartamento, hotel ou casa onde estamos hospedados. Já os menos humildes, sem ofensa, fazem viagens pouco caras, como conhecer a Europa, ir para Orlando conhecer o tão sonhado e estimado Disney World.
   Porém, também não é como se ficar em casa fosse tão ruim, podemos marcar "rolês" com os amigos, conhecer os pontos turísticos da cidade com a família, ler vários livros diferentes sem ter que se preocupar com uma prova próxima, passar horas navegando na internet, escrever textos irrelevantes num blog um tanto impopular, dormir bastante ou até elaborar uma dieta maluca da qual você "se esquece" e acaba não seguindo porque nas férias o que mais fazemos é comer.
   Acho que meu ponto aqui é que todos esperamos as férias loucamente, mas quando elas chegam, nós acabamos não aproveitando tanto quanto esperamos. Claro que as férias de um ano ou outro podem ter sido maravilhosas, mas todos já tivemos um longo período de férias no qual ficamos parados esperando que surja algo para fazer. Ah, as férias, tão... maravilhosas!

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Fisicamente impossível.

   Eu pensava que nada podia estragar meu humor no colégio, minhas notas altas e todo o amor que meus professores tinham por mim, até mesmo a de Matemática, que eu nunca gostei muito mas conseguia manter.
   Foi então que eu fui para o Ensino Médio... Eu sabia que seria diferente, e também mais difícil. Mas tive um certo grau de antipatia com uma das minhas novas disciplinas, a Física!
   Que tipo de doença tinha um ser humano para ter a coragem de tentar nos ensinar aquilo? Não ia dar certo...
   A Física foi se tornando minha pior inimiga no colégio, tudo o que eu mais queria em toda a minha vida era me livrar dela! Minhas notas caíram, meu tempo foi sendo consumido pelos estudos, tudo para tentar ir bem nessa matéria demoníaca. Porém, tudo o que consegui foi piorar minha notas nas disciplinas que gostava, e me manter constantemente com notas vermelhas em Física. 
   Até hoje eu tento, tento me resolver com ela, a Física, mas ela definitivamente me odeia. O que fazer? 

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Escola.

   Reclamamos dos estudos, da alta quantidade de conteúdo que precisamos saber, do fato de ter que acordar cedo ou tarde todos os dias só para ir para a escola. Mas quem disse que a escola não tem suas vantagens?
   Ela te prepara para o futuro, ela mostra os caminhos certos a seguir, ela faz a gente conhecer os melhores companheiros possíveis, os amigos que estão sempre ao nosso lado, reclamando da escola.
   Nós jovens temos a típica mania de reclamar da escola, de achar os defeitos daquele professor que não gostamos, de amar as aulas mais interativas e de encontrar uma disciplina na qual nos destaquemos. É assim, sempre reclamamos, mas amamos a escola. Vemos adultos por aí dizendo o quanto sentem falta da escola, mas somos orgulhosos e dizemos que não vemos a hora de largá-la. 
   Bom, no nosso último dia na escola, veremos o quanto é "bom" se livrar dela, o lugar que nos acolheu e que nos ajudou todo o tempo, que nos apoiou e nos fez escolher qual será o nosso futuro, sendo este futuro promissor ou não. 
   É, a escola nos dá todas as oportunidades que precisamos, cabe a nós aproveitá-las ou não.

sábado, 18 de agosto de 2012

Bobos.

   Nós temos esse costume bobo de tentar ser melhor, de parecer ser superior aos outros. Nós temos esse medo bobo de pensar que se agirmos diferente seremos considerados diferentes, e assim rejeitados. Nós temos esse costume bobo de enxergar os defeitos dos outros, mas não ver que o mesmo defeito nos envolve completamente. Nós temos o costume bobo de reclamar de todos os problemas possíveis, mas não fazer nada para resolvê-los.
   Todos temos essas manias bobas, todos somos bobos. Ninguém é diferente, e se alguém o tenta ser, este será julgado. Qual é o problema dessa sociedade? Somos todos divididos, cada um com cada um. O bagunceiro evitando o nerd, a patricinha evitando as mais simples. Isso é tudo tão.. bobo!
   Escrever isso não vai mudar nada , a sociedade foi ficando desse jeito, e não é tão cedo que conseguiremos mudá-la. Estamos todos tentando chegar  ao ápice, tentando alcançar aquilo que a sociedade definiu ser o melhor. 
   Seria melhor se olhássemos para o nosso passado, com a intenção de alterá-lo. Com a intenção de mostrar que o futuro será melhor para todos nós, e que ao invés de sempre falar e falar, devemos começar com pequenas atitudes que façam a diferença.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Confusão.

   Percebi que precisava daquilo no momento em que meus olhos o encontraram. Perfeição era o que o definia. Aquelas camadas todas, ah, as camadas! Mas e o dinheiro? Eu não o tinha. A placa dizia: "Não aceitamos cartões nem cheques" 
   Eu observava cada detalhe dele, cada um mais perfeito que o outro, não seria possível evitar.
   Roubar? Eu não teria coragem. Pegar dinheiro emprestado? Muita cara de pau. O jeito mesmo era andar até o caixa eletrônico, que ficava a alguns quilômetros dali. 
   Meu coração disparava, será que daria tempo? Aquele era o último no estoque, e se alguém o pegasse antes de mim? Muito arriscado. Não haveria sequer uma chance de possuí-lo. Corri até o caixa.
   Senti meu coração disparando, minha rapidez era desesperadamente assustadora. As pessoas me olhavam como se eu estivesse fugindo da polícia ou algo do gênero. 
   Cheguei ao caixa. Onde está meu cartão? Vasculhei todos os meus bolsos, não o encontrava. Era o fim! Ah! O bolso da camisa! Ali estava ele, mas o caixa estava lento naquele dia. Não podia ser, já perdera muito tempo.
   Saquei o dinheiro, corri loucamente em direção à loja. Ali estava ele, eu havia conseguido. Era meu, todo meu! 
   Mas, não pode ser, onde eu havia colocado o dinheiro sacado alguns minutos atrás? Nenhum bolso, calça e camisa, estava perdido! E o cartão? Não podia ser. E de volta ao caixa eletrônico...