Sinto-me como se estivesse sendo empurrado, cada vez mais forte, para o chão. Sinto dores no corpo, muito cansaço, e principalmente, sinto que ainda tenho muito o que fazer.
São muitas regras, muitos deveres, nenhum descanso. Acordo todos os dias com a imensa vontade de não me levantar, de não ter que me sentir empurrado de novo e de novo. Mas infelizmente, me levanto.
Coloco os pés no chão frio todas as manhãs, os olhos pesados e a cabeça ainda nos sonhos. Acendo a luz, meu olhos ardem, sento-me para calçar os chinelos e vou ao banheiro.
Escovo os dentes, uso o toalete, lavo o rosto, me visto, tomo o café da manhã e abro a porta. Todos os dias, o tempo todo.
Ônibus lotado, para variar, calor ou frio, não faz diferença. Não há a possibilidade de se sentar, fico o trajeto inteiro com dor nas pernas. Chego no serviço. Lá vem o chefe.
"O senhor não me enviou os relatórios ontem!"
"Estão na sua escrivaninha, chefe!"
Fico o dia inteiro sentado, tomando café e digitando relatórios e mais relatórios pouco relevantes, nem um pouco interessantes. Bom, a culpa disso tudo é minha, não devo reclamar, apenas escutar os argumentos de minha amada mãe.
"Meu filho, eu disse que você deveria ter terminado a faculdade!"
Ana, minha linda, não seja tão dura com você mesma, não se considere uma inútil só porque ainda não escolheu o que vai ser no futuro. Há tempo e você tem que experimentar ainda muito da vida. Quanto a ser escritora, independentemente da profissão que escolher, se for uma necessidade da alma, você sempre vai escrever. E, posso-lhe adiantar, pelo que andei lendo aqui nesse blog, você leva jeito para a coisa. Seu blog está muito bom, só faltou a análise de um anúncio. C1>4,0 e C2>5,0. Continue escrevendo sempre. Beijokas mil
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